SONETO 147

Ó amor de minha meditação

Formador de tudo na criação

Da tua boca emergiu toda canção.

Na tenda solitária do árabe

Desembanhada o sangue de afiada sabre

A terra que o mal ao inefável quebre-me.

Ó amor, fere o ferimento do destino no inferno

Nas núpcias de escorpião no deserto

Pois a terra às sombras esmaga o desejo à ferro.

Ó destino de ente lânguido

Escrito em Buda à Krishna no escuro sânscrito

A poesia esmaga a ignorância em briosa fé elefantica

Ascende ó miragem poeira do céu deste ser manco.

Acordada criação de demônios sem iluminação

Ao velório das palavras imitação, aspiração e unção

Correndo no astral de um perdido e fútil ladrão

A verdade é só revelada num coração feito o de santo Antão.

Francesco Acácio
Enviado por Francesco Acácio em 17/04/2019
Código do texto: T6625572
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.