SONETO 148

Meu sentir é oceano azul

Melancolia de palavras do eu mudo

Onde o peito dispara amor curto.

Pode parecer que a paixão seja fanática

Mexe com a alma e logo me arrasta

Numa dança de veneno à maracas.

Melancolia de vida e linguagem de sinais

Meu idioma só é traduzido em ais

Donde o fogo consome desespero desleais.

Vida que inicia ao céu em flor

Santidade que bate tambor

Meu entristecer é de garboso ator

Que passa o escripte de estrelato doador.

São romantismos de aroma das rosas

Que me perturba feito malditas moscas

Toda solidão amorosa arrancaca-se das ostras

Comendo a alma delírio feroz de macambúzias lobas.

Francesco Acácio
Enviado por Francesco Acácio em 17/04/2019
Reeditado em 17/04/2019
Código do texto: T6625554
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