Meu poetar
Quero só papoulas em meu jardim
Alicerces firmes em minhas paredes
Costurar poemas, bordá-los em mim.
Palavras sutis, tecendo as redes.
Nua de pudores, despir os sonhos.
Emprestar a vida, sorriso e asas.
Deixar as malas, de sonhos bisonhos.
E destemida, escancarar vidraças.
Na florescência da fé achando o prumo
A cada ciclo da vida deixar-me morrer,
Nessas idas e vindas, renovar-me, renascer
Quero nesse compasso traçar o rumo.
Pelas frestas do meu sonho viajar.
Preenchendo as fendas do meu poetar.