Retorno ao Chile de Pinochet
Ah! Pátria minha irreconhecível
Em que vejo tudo cinza e feio
Não sei porque me ponho sensível
Talvez buscava encontrar-me nesse meio
Porque és triste e me cerra os olhos?
E me vigias a todo e qualquer instante
Sem dar-me oportunidade, sou restolho
E na cidade sou sempre contestante
Sou filha do exílio em terras fartas
Não aceito, não me encaixo aqui
Onde só vejo temerosas fardas
Deixo lá meu coração ora feliz
Para com meu povo lutar sem ruir
E buscar o novo,aparte a cicatriz!
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Inspirado na leitura no artigo:
Castillo-Gallardo, P. E. & González-Celis, A. (2015).Infancia, dictadura y resistencia: hijos e hijas de la izquierda chilena (1973-1989). Revista Latinoamericana de Ciencias Sociales, Niñez y Juventud, 13 (2), pp. 907-921.