DOCE VENTANA

Do lado de dentro se espreita lá fora

A janela quadrada e insuficiente

De aparência suja, nada transparente

O movimento cotidiano do agora

Na claridade mansa da aurora

Revelando um contorno aparente

Tamanho o sentimento envolvente

No espiar afável de quem namora

Imagem que se distorce em rabisco

No colorido do horizontal chuvisco

Que alimenta minh'alma sem risco

Beleza natural não vi em outra moça

De feições delicadas e pele feito louça

Numa felicidade que crepita e alvoroça

Juan Castiel 03.03.18 ©

Juan Castiel
Enviado por Juan Castiel em 13/04/2019
Código do texto: T6622893
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