*** REVELAÇÃO ***
Sou o vento que se agita
Ao menor do pensamento
Que ganha voz e grita
Seu nome por um momento.
Meiga e doce senhorita,
Que triste o meu desalento,
De saber ser minha favorita
Mas não conhecer meu tormento,
Jovem, bela e faceira corista,
Olhou-me em meu pensamento,
Eu um pobre desvalido vigarista,
Que jurei jamais amar o opulento
E se hoje me vejo um artista
É para apreciar seu talento.