Mal de Alzheimer
Seria uma incógnita a espreitar
O outono que sem volta amedronta
No interim de um breve caminhar,
Ou enigma da estação que desponta?
Memórias são agora rotas lágrimas
Resvaladas no rosto angelical do amor
Outrora minas flores heterônimas
Agora, um sem lembrança, pura dor
Quisera firmar promessa para ver
Em púlpito, fino pensar de antes
Em discurso pontuado sem estremecer
Prazer, sou aquela que presenciou
Os rimares em saraus elegantes
De uma primavera que me encantou!
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Inspirados em "Cantos de outono" de Sonya Azevedo.
Dedico a alguém especial que tem Alzheimer.