"CORTESÃ"
Eu, envolvido nos enleios da hetaira,
Embriagado por seu perfume barato,
Preso pelas paredes do seu quarto,
Deitado sobre um bom lençol safira.
Nua, na cama, o meu corpo ela mira,
Sua língua úmida toca meu palato,
Tira-me a camisa, calça, cueca, sapato,
Ao meu lado se deita, se empina, se vira.
A sua carne me dá sem compromisso,
Sem pudor, para ela é só mais um serviço
E eu lhe sou apenas mais um cliente...
De mim se despede na porta da sala,
Me beija! Que foi bom, sua boca me fala,
Mas, dentro do peito, seu coração mente.