SONETO 154
Meu sonho ao crivo do hálito teu
Desses amores que nos fazem mendigo
A caminhar nas estrelas perdido.
Esse sonhar no teu corpo nu ao banho
Em que eu tiro o desamor de mim sujo
Ao farol dos teus seios não murcho.
A crepitar paixão fanática do suor
Me embriagando no mel de teu odor
Aos gélidos e frêmidos do torpor.
Ó minha decadente depressão
Deste meu pênis tempestade de arribação
Desejar os amores bélicos à fascinação?!
De minha frenesi, morro de alta pressão.