Madrugada

No começo da madrugada, o remanso

Esticados os ossos nesse leito só meu,

A vista ver escuridão da noite no apogeu

Olhos abertos quando mereço descanso!

Não penso no futuro, nem se falta amor,

Esqueço as lembranças, só vejo solidão

Vago é o sentimento, que há nesse chão,

E o ventilador soprando pra longe o calor!

Abençoada madrugada, faz-me escrever

Me inspira com a coruja que vem voando,

Voa presságio, estridente canto rasgando.

Passa dia, noite, e vai passando madrugada

E o silêncio continua, nem um sinal de vozes

Todos dormem, calmaria dos carros velozes!

bel Salviano

bel Salviano Planeta Poeta
Enviado por bel Salviano Planeta Poeta em 10/04/2019
Código do texto: T6620106
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