ROSA SOLITÁRIA

Triste, àquele jardim de secos cravos

Vê-se, sem menos, surgir uma rosa,

Entre os insultos e tantos agravos

À natureza – mas, ela... formosa.

Por ser formosa e solitária, escravos

Quem assim vê, também vê majestosa

Cada pétala; ofícios mais que bravos

Que a natureza quis – ali, viçosa.

Como eu, escravo de um destino vário

No jardim dos meus versos e sem vez,

Quem há de ser, à rosa, solidário? ...

Levo-a comigo, escondo-a entre os becos!

Mas ela murcha... estranha insensatez;

- Triste aquele jardim de cravos secos!

Roberto M Braga
Enviado por Roberto M Braga em 06/04/2019
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