A saudade não passa soneto

Meu coração navega sem rumo,

olhos fundos em pranto confesso,

caminhos encoberto por dores e dilúvios,

sem direção e sem destino certo.

Enfrento duelos em meu percurso,

comigo eu luto contra o tédio,

amor perpétuo ao amor impuro,

amor imundo falso e perverso.

A saudade não passa no entanto,

sigo viagem só não sei até quando,

por enquanto a maré está brava.

Sem serenatas e sem mudanças de planos,

num poço de lagrimas e desencantos,

sem força sem animo, afundado em magoas.

Luis Carlos de Carvalho
Enviado por Luis Carlos de Carvalho em 05/04/2019
Reeditado em 20/10/2019
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