O CANTO DA FERA.
Cantarei um cantar enamorado
Por alguém que em mim já não existe
A virtude do amor rude persiste
Iludir-me com um canto do passado.
Sons agudos no meu peito sufocado
Ironizam ignoram fazem chiste
Mais porem a paixão que destruíste
Se arvora como louco alucinado.
Na ardência da saudade carne viva
Cantarei indecente e lasciva
A canora esfolada da quimera.
Só então tua alma assombrada
Ouvirá minha voz alucinada
Te chamando como ruge uma fera.