INFERNO...
Há um deserto em mim perdido,
Onde se arrasta a solidão,
A serpente do amor esquecido,
Que rasteja por entre os grãos.
Dessa arreia e dos arrepios,
Nas miragens da pura ilusão,
De um coração ainda arredio,
Que luta de sede na obsessão.
Mas que oásis, se foi retido?
E se for o meu olhar refletido,
Pelo sol que queima a razão?
Quem sabe eu tenha morrido,
Para o inferno sido remetido,
E não tenha mais salvação.