INFERNO CHOCA OS MODERNOS
Que país é esse ó minha gente?
País de “Morte e Vida Severina”
Que João Cabral de Melo Neto assina
Mas treme ante à justiça indecente
Brasil que deu à luz Mário de Andrade
Pra ver uma corte de macunaímas
Vendendo entre conchavos e vindimas
A preço vil a tal dignidade
Que fez Bandeira fugir pra “Pasárgada”
Ao ver a roubalheira desbragada
Da pátria de destino tão mesquinho
E viu Drumond perder de vez a fé
Monologando o “E agora José”
Com “A Pedra” gigantesca em seu caminho
(Para o colega, e grande sonetista, heliojsilva e seus “Milhões de Transatlânticos Falidos.)
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