A Dança
Vela branca, pavio por uma centelha
Num risco inflamado incita a dançarina
Numa fresta o vento que entrava de esguelha
A coreografava por sobre a parafina
Com bela bailarina, verossimilhança
O ritmo com uma intensidade mais forte
Num erotismo que se enchia de substância
Numa paixão que jurava sua razão de morte
Para embarcar nos sonhos com alma lívida
Esperava até o bruxulear sua purgação
Pagando ou apagando assim suas dívidas
Pois enquanto via a apresentação
Esquecia das mazelas da sua vida
Fazendo daquele profano sua oração