A SAGA DO PIRATA
“No mar da Net”
Não há piratas como havia antigamente
Navegando na barca de um destino mau,
Por esses mares sem fim e com o perigo à frente,
Mesmo com olho de vidro e uma perna de pau.
Hoje, cada pirata tem seu mar na mente…
Navegando p´ la Net, sua barca virou nau
Na brisa da ganância e até de algum vintém
Logrando enriquecer: ou a marear ou a vau.
Se eram sete os mares, para sete sortes,
Pelas sete partidas de uma única maré,
Hoje, tudo é um mar e não sete, com mil mortes
Que ocorrem, a cada hora, desde a proa à ré.
A navegante Nau, com nome de Computador,
Não precisa de espada, nem sequer d´ arcabuz…
Com um só dedo pode construir horror
E nem usa das pernas … Só o acaso o conduz.
Não tem sentido a bússola, nem o astrolábio
Neste século XXI – que é o século da amargura.
Quem tem “sete olhos” julga-se sete vezes sábio!
Esta é a Saga do Pirata – a Saga da Loucura!
Frassino Machado
In RODA-VIVA POESIA