A SAGA DO PIRATA

“No mar da Net”

Não há piratas como havia antigamente

Navegando na barca de um destino mau,

Por esses mares sem fim e com o perigo à frente,

Mesmo com olho de vidro e uma perna de pau.

Hoje, cada pirata tem seu mar na mente…

Navegando p´ la Net, sua barca virou nau

Na brisa da ganância e até de algum vintém

Logrando enriquecer: ou a marear ou a vau.

Se eram sete os mares, para sete sortes,

Pelas sete partidas de uma única maré,

Hoje, tudo é um mar e não sete, com mil mortes

Que ocorrem, a cada hora, desde a proa à ré.

A navegante Nau, com nome de Computador,

Não precisa de espada, nem sequer d´ arcabuz…

Com um só dedo pode construir horror

E nem usa das pernas … Só o acaso o conduz.

Não tem sentido a bússola, nem o astrolábio

Neste século XXI – que é o século da amargura.

Quem tem “sete olhos” julga-se sete vezes sábio!

Esta é a Saga do Pirata – a Saga da Loucura!

Frassino Machado

In RODA-VIVA POESIA

FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 23/03/2019
Reeditado em 23/03/2019
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