A NOITE DO POETA
Nos becos mais escuros da madrugada,
Perambula na boêmia, um triste poeta.
Envolto de silêncio, tu'alma maltratada
Versos de dor, em teu íntimo soletra.
Há tempos que perdera os teus sonhos
No teu peito, nada tem, tudo desfalece!
À vagar pelo além, com olhos tristonhos;
Nem sequer murmúrio entre tua prece.
A tua poesia adoeceu de tristeza,
Em eternas lástimas, o céu enegreceu
Não havia lua, era o fim__ Com certeza!
A melancolia, abraçou-se a escuridão;
Nunca mais fora igual, do verbo se perdeu!
Aquietando em quimeras tua exaustidão.