A agonia de um rio...
A AGONIA DE UM RIO...
Oh, meu rio, querido e majestoso,
Tu eras só riquezas entre as matas,
Correndo sobre o leito tortuoso,
De lindas corredeiras e cascatas.
Eu sonho com meu rio caudaloso,
Oh, meu rio, por que pessoas ingratas
Maltratam um valor tão precioso?
Fazendo o que não fazem os primatas!
A destruição pelo ser humano,
Ao contrário das outras gerações,
Faz grotesco quem foi belo todo o ano!
No passado, exaltado em prosa e verso,
Dá tristeza e enternece corações,
Ver morrendo um pedaço do universo!
(É uma pena que o rio da fazenda onde nasci e o outro da minha cidade natal, a exemplo de tantos outros mananciais brasileiros, literalmente, a cada dia, venham sofrendo os efeitos da agressão do homem, cego pelo dinheiro e pela ambição.)