A agonia de um rio...

A AGONIA DE UM RIO...

Oh, meu rio, querido e majestoso,

Tu eras só riquezas entre as matas,

Correndo sobre o leito tortuoso,

De lindas corredeiras e cascatas.

Eu sonho com meu rio caudaloso,

Oh, meu rio, por que pessoas ingratas

Maltratam um valor tão precioso?

Fazendo o que não fazem os primatas!

A destruição pelo ser humano,

Ao contrário das outras gerações,

Faz grotesco quem foi belo todo o ano!

No passado, exaltado em prosa e verso,

Dá tristeza e enternece corações,

Ver morrendo um pedaço do universo!

(É uma pena que o rio da fazenda onde nasci e o outro da minha cidade natal, a exemplo de tantos outros mananciais brasileiros, literalmente, a cada dia, venham sofrendo os efeitos da agressão do homem, cego pelo dinheiro e pela ambição.)

Onofre Ferreira do Prado
Enviado por Onofre Ferreira do Prado em 20/03/2019
Reeditado em 17/08/2020
Código do texto: T6602994
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