PÁSSAROS PULCROS
Os pássaros se vão, em seus coleios,
Rasgando o céu, e em bando, vão arfantes...
Vão-se... Reproduzindo os seus chilreios
garbosos, estridentes e sonantes.
Afloram de outras plagas bem distantes,
Arriscam-se nos pousos e permeios....
Vão-se, cortando os ventos, vão... ruflantes!
Pousam e voltam (fartos dos esteios.)
Assim, buscando meros devaneios,
Os jovens abrem novos horizontes,
Seguindo as suas metas, seus anseios,
Esperançosos, vão-se inebriantes,
Aventurando-se, alhures, sem receios
Retornam, muitos deles, triunfantes!
(Inspirado no soneto AS POMBAS, do Poeta RAIMUNDO CORREIA)
P.S - Viajando, mas sempre que der, estarei respondendo aos comentários, com prazer. Abraço.
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Excelente interação do poeta FERNANDO BELINO. Grata!
Os sonhos (Parodiando As Pombas de Raimundo Correia)
Parte o primeiro sonho despertado...
Logo mais um, mais outro...enfim dezenas.
No coração vazio, agora apenas
O silêncio de um lar abandonado.
E à noite, quando tudo é sossegado,
Os sonhos, nessas horas mais serenas,
Retornam. Vão chorar as suas penas,
De novo, em seu cantinho reservado.
Também, lá nos quintais, onde amontoam
As pombas, uma a uma, sempre voam,
Tal como os sonhos, deixam seus pombais.
Na doce aurora, as asas elas soltam.
Sempre à tarde, felizes, elas voltam
E os sonhos voltam, tristes por demais.