Para uma meretriz
Oh! ser imundo
Dona do último verso que irei fazer nesse mundo
Aquela, que com seus fuscos cabelos, transforma um apaixonado em defunto
-Tu não mereces nem um escarro imundo!-
Por que me deixaste servo do seu obscuro olhar?
Por que tu és dona dessas papoulas ardentes como fogo ?
Por que me deixaste apaixonar apenas com o fitar ?
Por que me provocas o choro ?
Tu és a amargura falada
Ô simbolo da mulher mal amada
O óvulo infecundo
Pegue minhas cinzas e reecarne nesse meu karma nauseabundo
Oh! esmolita - dona-
Doentia dona, do último verso que fiz nesse mundo !