A Thomas de Quincey
Quisera eu provar de tuas convulsões,
Ó bretão enigmático e caprichoso,
E sentir queimar em mim o fogo ardoroso
De tuas espantosas alucinações.
Queria degustar em lautas libações
O ópio, este emissário vaporoso
De um mundo longínquo e maravilhoso
Populado por vertiginosas visões.
Ó tu que foste o zeloso detentor
Deste diabólico segredo angelical,
Deste instrumento de prazer e de dor...
Arauto de um paraíso artificial!
Compartilhe-me teus arcanos, por favor,
E me conceda as chaves de seu portal!