SAUDADE
Por onde anda a tal Maria Fumaça,
Que aspirava por estas cercanias.
E, no contar das horas e dos dias,
Levava o cultivar de tanta raça.
E Maria acostumada com outra massa
De culturas, que são hoje, fugidias.
Transportando um vagão de nostalgias,
Hoje espalha o vapor com toda a graça.
Leva as pedras de um poeta, leva o verso;
E as toras de um Brasil, leva o café.
Mata a fome com teu grão e leva o terço
De um povo que carrega tanta fé.
Leva toda uma cidade: o universo;
Leva a flor desta orquídea: Sumaré.
Antônio Daniel do Carmo
Sumaré 03/01/2019. 17h:12m