PONTO CEGO

Do ponto onde me encontro avisto um ponto.

Saco da minha luneta, amplio,

Até perceber da meada o fio

Que se desenrola num texto pronto.

De tão distante me parece um conto,

Do que se trata eu nem desconfio.

Concentro, leio de fio a pavio

E a poesia finalmente encontro.

Mas a linguagem é culta, não domino.

Tento decifrar mas perco a coragem,

E todo arrojo de nordestino.

Tanto queria saber a mensagem

Contida nas linhas e entrelinhas,

Mas paro nos mistérios que elas trazem.

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Baseada no poema O PONTO, do Poeta Carioca.

Jota Garcia
Enviado por Jota Garcia em 14/03/2019
Reeditado em 14/03/2019
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