SONETO DORIDO!

"Há dor que mata a pessoa

Sem dó nem piedade.

Porém não há dor que doa

Como a dor de uma saudade."

(Patativa do Assaré)

SONETO DORIDO!

Pra dor que no meu ego lateja tanto

No cotovelo, joelho ou na garganta,

Engulo um comprimido depois da janta,

Deito, durmo, e essa malévola espanto.

Comigo: "Quem canta seus males espanta"

Não funciona; porque canto, canto e canto,

E a dor insiste em me derramar o pranto,

Causando a revolta que o meu ser levanta.

Tem dor que se cura na fé da oração...

Com chá ou repouso; porém a dor posta

Na alma, nenhum remédio cura não!

Sentir uma dor, ninguém quer, ninguém gosta.

Sofrer dor de adeus, saudade e solidão,

É pior que a dor duma ferida exposta.

03/07/2012 - DILSON/SPVA/NATAL/RN.