CICUTA-ME....

A aparência engana,

O coração não se cansa,

De pulsar assim.

Os olhos de criança,

Miram tal qual uma lança,

E lá está o fim.

Aquela planta linda e santa,

Pacientemente no solo descansa,

Até alguém displicente surgir,

Na dúvida de Sócrates sucumbir.

Esguia ao sabor do vento balança,

Deixando seu veneno nas entranhas,

O último beijo, louco a sentir,

Dos lábios que se quis consumir.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 13/03/2019
Código do texto: T6597390
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.