Desamor

Toda a dor por que passa minh'alma

Me sufoca o riso, me afoga o pranto

E nesse fado sem fim, e só, suplanto

Cada lágrima que cai, e se espalma.

Em mim, só cresce, esse dó exposto

Que gera dor, e faz meu desejo aflito

E transforma minha vontade em rito

Que sangra o peito, em pálido rosto.

Por árduos anos na utopia, indeciso

Chorei e calei, e sorri no improviso

Se era crepúsculo, ou o amanhecer.

Tal desamor estragou a minha vida

Ludibriou minha paixão convencida

Só não me levará, dela desprender.

HELDER C ROCHA
Enviado por HELDER C ROCHA em 12/03/2019
Reeditado em 01/04/2021
Código do texto: T6596577
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