DONA ESTRANHA
Eu, sempre estranha, incompreendida.
Longe do mundo criado, no meu, vivo!
Todos os dias morro, noutros sobrevivo;
Mesmo que minh'alma andasse perdida.
Buscaria infinitas formas de voar,
Ser livre... tornaria em uma poesia
Sobre o peito, ser a cura que anestesia;
Ser milhões de versos. Um mundo povoar.
Seria uma rosa negra, incólume, bela.
Pura essência, que no coração anela,
Uma poesia tantas vezes declamada.
Porém, versos indomáveis, misteriosos;
Dona dos instintos mais perigosos...
Onde sei lá, me perderia, me encontrando.