Dois caminhos - soneto
Vejo diante dos meus olhos saudosos
Dois caminhos a seguir. Mas confuso
E sem bússola, não sei qual distinguir
Para fugir desta mortificação no peito.
Uma bifurcação diante dos meus olhos
Que ainda não abalizei, qual devo seguir.
Há horas e dias adentro-me por esta fuga
Que os meus passos e as sombras seguem.
Penso na morbidez da distância que ainda
Tenho para fugir do amorfo e de suas birras.
Que me corroem a alma e os meus devaneios.
Aqui na inercia diante destes dois caminhos
Os pensamentos com criptas e em imbuições
Me inventam em voltar ao estado primitivo.