A CHUVA
A CHUVA
Às vezes fica cinza o Céu e chove
e a chuva langorosa me comove;
espalha-se por toda a terra, o chão...
eu acho que assim é a solidão!...
as águas despendidas das alturas
derramam-se em préstitos, tão puras,
nas folhas do arvoredo, delicadas...
as águas dessa chuva são sagradas!
A música que a chuva canta é calma;
Penetra nos recônditos da alma,
e faz adormecer a tarde em paz...
respinga em meu rosto um pouco d’água,
talvez para lavar alguma mágoa,
de um tempo que passou e não volta mais!
Arão Filho
São José de Ribamar-MA, 08 de março de 2019