Lei do Retorno

Eu errei, querido, isso confesso!

Peço perdão, caso você se importe,

À Deus, ao destino e a minha morte,

Bem como seu perdão também eu peço.

A verdade dói como um tiro forte

E como o remorso de mim possesso.

Não tenho moral, sujei-me em excesso,

Que minha culpa sempre lhe conforte!

Mas, por ironia, você também errou...

Sem perceber, apenas se vingou,

Fazendo valer a lei do retorno.

Por isso, com meu peito arrependido,

Faço-nos ainda último pedido:

Recomeçar e esquecer o transtorno.

Anne Negreiros
Enviado por Anne Negreiros em 07/03/2019
Reeditado em 12/04/2021
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