A RUA...

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Que triste é a minha rua nestas horas

Em que a procissão do vento passa;

Parece levar restos de auroras,

Imersas em neblinas e fumaça...

É erma a noite e, os préstitos lá fora,

De ventos que trafegam a rua baça,

Me causam um pavor e um medo agora,

Parecem flutuar uma desgraça...

Permito-me à janela lateral,

Olhar o vasto Céu do meu quintal,

E ver tantas estrelas em cirandas...

A rua? Só verei amanhã cedo,

Assim que o Sol brilhar, morrer o medo;

Ai, verei a rua da varanda...

Arão Filho

São José de Ribamar-MA, 05 de março de 2019.