Única Alegria
Assim, embriagados de falsa alegria,
Vão pela rua como robôs e zumbis.
Ao som estrondoso do infinito bis,
Incalculável dispêndio de energia.
Os seus corpos esguios, as mentes vazias.
A fantasia cria beleza ilusória,
Almejam para si a efêmera gloria
De uma vitória que acaba em três dias.
De volta pra casa onde a vida é real,
O trabalho lhe espera com paga tão vil.
O ouro da festa? Onde está, ninguém viu.
A saúde se foi na labuta diária,
Situação do barraco também é precária.
E ainda perguntam: Pra quê carnaval?
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Já havia postado este soneto, mas achei apropriado republicar por ser assunto atual.