Doze de Junho.

O timbre da sua voz aos meus ouvidos

Impõe sobre eles, semelhante impacto,

Tais àqueles brandos ventos perdidos,

Beijando as rosas, nas manhãs por hábito.

As rosas que dão luz às Primaveras,

Caladas choram nas noites sombrias,

Velam elas as orvalhadas frias,

Que acordam ao sol, todas sempre belas.

Vendo o sol ou a lua, triste eu sigo,

Nas costas trago a solidão comigo,

Levando ao peito a dor dos desgraçados.

De alegre, só tua voz na lembrança,

Contudo, nunca perdi a esperança,

Por sermos dois eternos namorados.