EPÍSTOLA ÁCIDA....
Não produzo epístolas
Posto que seja o amor pecado,
Não aquele santo, delicado,
Mas o da entrega frívola.
Consequência do que me foi falho,
Do primeiro amor fui renegado,
Como se da vampira fosse o alho,
Ou lhe tivesse o crucifixo empregado.
Por isso traduzo poemas ácidos,
Na sede do mel e do vinho, ávido,
Entregue aos amores e aos espinhos.
Epístolas são para anjos impávidos,
Que falam de outros espinhos vívidos,
A mim apenas a poesia e descaminhos.