DEUS DINHEIRO
Perante o ser supremo eu tenho medo
O seu poder no mundo é absoluto
Buscando um pouco dele, acordo cedo
E encaro, no dia a dia, um trabalho bruto
Ele é, da humanidade o grande credo
Seu sumo sacerdote é um homem astuto
Que faz as guerras com humor azedo
Rezando pra colher maldito fruto
Dizem que traz o amor mais verdadeiro
Contudo esta metrópole é deserta
Com as manchas escuras de um cinzeiro
Eu compro na farmácia algum remédio
Contra este ódio que em tudo ele desperta
Na frente da TV, morro de tédio