Até Saturno!

 

Sigo de meu coração o compasso

Vertendo o amor que me instruiu,

Sugando a afeição que não fluiu

Da paixão que persigo, passo a passo!

 

Nas noites, sem vislumbrar o escuro

Eu perco do caminho a direção.

Sentindo o sangue me jorrar da mão,

Nos descaminhos em que me figuro!

 

Traçando-me a jornada sem quadrante,

Sem lei ou sequer em quem me apoiar

Eu sigo, nesse caminhar soturno!

 

Quem me dera chegasse até Saturno,

Em seus braços pudesse levitar

E descansar, nem que por um instante!

 

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