NAU DA MADRUGADA...
Joguei ao mar um bilhete bisonho,
Escrito com os meus doces sonhos...
Com os erros tão tristonhos...
De quem não soube amar.
Fiquei por lá naquele rastro da lua
As estrelas todas nuas...
E eu de costas para as ruas...
Sem poder me levantar.
Vendo afundar na nau da madrugada,
E para cada lágrima que enxugava,
Outra em ondas à arreia se juntar.
A vislumbrar a futura dor amarga,
No sal noturno, das velas e amarras,
Que minha vida junto iria naufragar.