Im[pacto]

O verbo ódio nasceu e causou grande impacto;

à luz escureceu esplendorosas vozes

desfazendo o apogeu das vítimas e algozes

ruindo a solidão num modo mais compacto.

A vítima sem deus pressente-se coacto

ao nascer do não ser das emoções ferozes;

política cruel de milícias velozes

em polícias fiéis ao depravado pacto.

A vendida nação entregue aos albatrozes

espera salvação dos homens mais atrozes

de secos corações - bem mais secos que um cacto.

O verbo ódio floriu em caras simbioses;

O fantasma sorriu gerando apoteoses

e o tempo lhe partiu mas não ficou intacto.

Agradeço aos poetas que interagiram poeticamente!

É uma grande alegria ler vossos comentários em minha humilde e pequena obra.

Sou um aprendiz de poeta e receber os versos de poetas que admiro, dá-me um grande incentivo para continuar versando e aperfeiçoando a minha escrita.

Interação do poeta Heliojsilva:

**AMOR PELO ÓDIO AO ÓDIO**

Usam o ódio como combustível

Diante desses termos, condições

Pessoas erram e viram vilões

Pois tudo se encaminha ao permissível.

Criou-se o caos social no Brasil

Não existe ordem e nem há progresso

Existe propaganda e retrocesso

Dentro de um grupo radical e hostil.

E viva esse amor pelo ódio ao ódio

No cinema com muitos episódios

A mostrar a face dos doidivanas.

Nas ascensões de sede de justiça

A ideologia se torna postiça,

Na bestialidade das humanas.

Heliojsilva

Interação do poeta Stelo Queiroga:

Tão logo com teus versos fiz contacto...

Fui em além mar buscar rimas no acto...

Devo dizer que impressionou-me o facto...

De teu versar deixar-me estupefacto...

Bem sei que aqui encontraria um jacto...

Pulo ao sertão traria certo um cacto...

Sem lançar mão de um tal acordo ou pacto...

Deixando o monstro(acordo ortográfico) adormecido intacto...

Ocorre que idioma tão selecto...

Oportuniza-nos tantos aspectos...

Que nos permitem ser nem sempre rectos...

E aí meu caro quanto mãos reflicto...

Mais me deparo com os muitos conflictos...

Do português que amo e sou convicto...

Stelo Queiroga

Interação do poeta Fernando Cunha Lima:

ATO PACTUAL

Um pacto qualquer, uma ação,

Um acordo final ou um ajuste,

Tratado às escondidas um embuste,

Um só negócio, uma coalizão.

Uma liga tratada em contramão,

Dita pra depois com reajuste,

Uma aliança que até nos assuste,

Um arranjo qualquer combinação.

Fusão para alcançar os mesmos fins,

Pelas escuras dentro dos confins,

Sob os mais vis preceitos mais comuns.

Numa corporação, uma entidade,

Tomando conta da sociedade,

Para de todos escapar alguns.

FERNANDO CUNHA LIMA

25-02-19

Em resposta ao verso do poeta Gustavo.

Gustavo Valério Ferreira
Enviado por Gustavo Valério Ferreira em 25/02/2019
Reeditado em 25/02/2019
Código do texto: T6583357
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