Quando 08 - soneto
Quando unimos nossas bocas e misturamos
nossas línguas famintas em busca do néctar
Da vida. Desvarios de desejos nos faz viajar
pelas altíssimas vísceras dos atritos e frissons.
Minhas mãos lentas, vagarosas percorrem
todo o teu corpo ardente febril em chamas.
Sorrateiras e tímidas invadem ponderadas
por entre teus membros e nas sutis caricias.
A flor rubra se abre com cadenciados toques.
dos meus pertences impassíveis e calculistas
como se tivessem bulindo algo em tua harpa.
Há quando o túnel úmido aveludado recebe
o teso. Pelo hall se ouvem a reprisar risos
que morrem nesta madrugada de dedicação.