Filha de Eros
Meu coração não tem nome...
violado e dilacerado
não há quem queira quebrado
maldito ser infame
Assim ando nesse mundo disforme
com o peito em mentiras cravejado
tendo verdades almejado
no lugar de eterna fome
Mas Eu que sou filha de Eros,
escrava de meu coração,
iludi-me em teus sonetos brandos, puros
Que os trovadores, pois, cantem esta canção
"perdia-se em sonhos vagos e imaturos"
e dessarte vulgarizem a minha perdição.