CHORO
Banho meu rosto, choro a amargura
que habita o meu leito na manhã,
Eu bem sei que chorar é coisa vã
é coisa que nos leva a tal loucura.
Mas que posso eu fazer se a ditadura
da mísera agonia em mim satã
semeou, e em meus sonhos com afã,
resisto ao vil desejo à sepultura.
Não há felicidade, só tormentos,
Não há amor, nem vida, sou qual cinzas;
Sobrará de mim só vis desalentos