Refém
Quando te ausentas, sangra-me a alma
Em fio, a escorrer peito afora
Roubando-me o resto de calma
Que existe naquele que chora
Quando te vais, vou-me também
À escuridão que em mim habita
Onde a falta guarda refém
Amor e paixão irrestrita
Quando retornas, me liberto
À luz, então, reapareço
Já não mais relutante e incerto
Em teus olhos, me fortaleço
Onde, antes, se via deserto
Contigo, se fez recomeço