SEPULCRAL
SEPULCRAL
(Carlos Celso Uchoa Cvalcante=20/dez./2018)
Simples esquife! Para que beleza?
se seu refúgio será num buraco;
se ao conduzir-se, tudo é opaco;
se é só consumação de uma certeza?
A morte! Única realidade
em todo o contexto que escrevemos,
em toda vaidade que vivemos;
imponderável, cruel fatalidade.
Simples sepulcro! Lá não há conforto;
lápide fria, que confirma haver um morto
ali, que já não vê, não ouve e nem fala.
Portanto, sem nenhuma ironia,
quando cadáver me fizer um dia,
antes que fétido, me jogue em qualquer vala.