SONETO À LIBERDADE

As mais belas notas se escutam ao fundo,

Dentro da alma que de amor se deleita,

E de farta se aquieta, dorme e deita,

Pra no outro dia inundar de novo de tudo.

Quem ouvir o som que se jogue na dança,

Como quem perdeu seus bens, inclusive as vestes,

Sendo abrigo de si mesmo como nunca houvestes,

Trajado da calma que antecede a esperança.

Todavia, é preciso ser surdo para ouvir,

Tamanha orquestra regida pelo prazer inaudito,

Que desponta da coragem de deixar-se fluir.

Há quem viva somente o que é visível,

Depois vê o palpável escorrer entre os dedos,

Sem saber que a vida EM SI MESMO - É irresistível.

Lara Araújo
Enviado por Lara Araújo em 17/02/2019
Reeditado em 20/02/2019
Código do texto: T6577251
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