Shakespeare — O Bardo
Num verso excluo o adverso, o averno.
Evoco o bardo, incorporo a inspiração,
Entre um lamurioso suspiro de inverno,
Ou num Sonho de Uma Noite de Verão.
Um personagem sagaz e sempiterno:
Hamlet, pois sua filosofia nunca é vã,
Um gênio indômito e também terno,
Em cada aforismo reverbera o amanhã.
Às vezes, somos Macbeth, tão atrozes,
Numa usura bem cáustica e desmedida,
Preferimos escutar as terríveis vozes.
Mas o veraz amor é o sentido desta vida,
Vide Romeu e Julieta. E fecho o dístico.
Shakespeare não finda, apraz e é místico.
T. S. Sevla