Acédia
Boneca de sujeira e iniquidade
Pela consciência própria esmagada
Arrastada pela maré podre da vontade
Soluços infindos de alma torturada
Quisera eu ser livre do mau intento
Chaga fétida de minha natureza
Causa-me dia após dia só desalento
Do pecado pelo qual cimento esta tristeza
Ai, quisera eu em outro corpo viver
Renascer, em espírito e mente
Sem os tormentos de meu passado!
Será que me perdoará Deus caso morrer
Nesta pérfida circunstância de vivente
Que não sabe amar como por Ele foi amado...?