Quimera
A tarde é tão bonita, assim a fez
O coração de quem a vê e a alma
De quem canta se amando quando em vez...
O furor vespertino arde e se acalma
Céu de beleza, estampa a sua tez
A luz ocre dourada, egrégia e calma
Que representa toda a cupidez
Olhos vêem a cena e batem palmas...
O que floresce entre a noite e a manhã
Além do tempo que corre e não se vê?
Não é o cintilo de quem ama e espera?
Mas sonha e se espera hoje ou amanhã?
Voar no sonho, exige-se brevê?
Não é tarde viver qualquer quimera