ANTHROPOPHAGI
A cada dia ele me consome mais,
Alimento-o com pura melancolia
Com as tristezas desta triste vida
Só peço em troca um pedaço de paz...
Mas... logo depois lá está ele, sedento;
Sussurrando palavras no meu crânio,
Dando àquelas desgraças o meu urânio
Enquanto me "assiste" no meu rebento
Se não estou escrevendo; estou pensando
Se faz mal esse caminho seguir,
Juntando tristezas, dores, o pranto
Para ele poder então esculpir
Um soneto tal o mais belo canto.
"Um soneto pelo meu persentir!"