AME!
Fale de amor, ainda que pouco;
Sinta a paz de um coração que ama,
Grite este amor e fique rouco,
Inda que ele seja leve flama.
Ame a quem te odeia e te difama,
Mesmo que isso te pareça louco;
E que este amor sirva de alfama,
Até mesmo a quem te ache moco.
Ame, pois senão um dia, ao certo,
Hás de desejar alguém por perto
Que tão somente te queira bem...
E, sem ter ninguém que te alente,
Chorarás, em vão, a dor pungente
De não ser amado por ninguém...